PROCESSO INDUSTRIAL NO SETOR SUCROÁLCOOLEIRO


Extração Do Caldo
    Objetivos: Quantifica o trabalho principal da moenda, que consiste em deslocar o caldo separando-o da fibra.      Cuidados Operacionais: 
Acompanhar sempre as variáveis de moagem, taxa de embebição, pressão hidráulica, oscilação e etc, pois as mesmas influenciam diretamente na extração.
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Chute-Donnelly:
Tem como função regulariza e uniformizar a moagem,ainda torna a pressão do rolos sobre o colchão da cana mais constantes durante  o processo de moagem desde que a mantenha cheia.
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nRolo de Pressão
nEncontra-se na parte superior do termo logo acima do rolo inferior de entrada.
nSua Função
nCompactar a camada de cana permitindo uma melhor alimentação do termo.
  Rolo Superior

Está localizado na parte superior do castelo, entre o rolo de entrada e o rolo de saída, gira no sentido anti-horário.
 É muito importante no conjunto de ternos devido ao maior contato com a cana.
 Também recebe a força através do acoplamento e transmite aos demais rolos por intermédio dos
rodetes.
 

Rolos Inferiores

Em cada terno de moenda possui 02 rolos
(
entrada e saída), a função do de entrada é
fazer uma pequena extração de caldo e direcionar a cana
na abertura de saída.

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Desempenho dos
 ternos Esta relacionado:
nPreparo da cana
nRegulagem do terno e
nCondições Operacionais
Seguintes Fatores que Devem ser analisados para melhorar os ternos:
  nÍndice de Preparo;
n Alimentação de Cana;
n Pressão hidráulica aplicada;
 n Rotação e oscilação;
 n Aberturas;
 n Condições Superficiais dos rolos
n Picotes,
nChapiscos e
n Frisos;
n Estados dos Pentes;
n Ajuste entre a bagaceira e o rolo de Entrada.
Castelos:
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Bagaceira:
 
Tem Com Função conduzir o bagaço do rolo de entrada para o rolo de saída.
E resultante do traçado de cana terno objetivando melhor o desempenho do terno.
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Sistema de Embebição:
  nO Que é : 
 Processo na qual água ou caldo são aplicados ao
 bagaço de um terno, sob a forma
de aspersão, jatos pressurizados
ou bicas de
embebição.
§ Objetivo: 
 Aumentar a diluição do caldo contido
no mesmo, levando ao conseqüente aumento
da extração do caldo no
 terno seguinte.

Tipos de Embebição Pode Ser Simples ou composta:

  nEmbebição Simples:
É uma maneira rudimentar de aplicação da embebição, onde apenas água é aplicada no bagaço de cada terno a partir do 2º terno.
nEmbebição Composta:
Consiste na aplicação de toda a água de embebição no último terno da moenda, o caldo deste é bombeado ao terno anterior assim sucessivamente até o segundo terno.
O caldo  extraido neste terno é chamado de caldo misto, este por sua vez é enviado para o peneiramento onde será separado do bagacilho e enviado separadamente do caldo primário para o processo de tratamento do caldo o bagacilho retornará para moenda antes do primeiro ou segundo terno

Métodos de Aplicação de água e caldo para a embebição:

  nÁGUA:
- Pode ser aplicada por meio de bica, neste caso existe o inconveniente de se embeber a parte superior da camada de bagaço deixando a parte inferior menos embebida.  
- Ou pressurizada tem o poder de penetração da água na camada devido a pressão dos jatos, pois provoca uma agitação do bagaço na sai do pente o quer leva a uma
embebição
 mais uniforme sendo assim mais eficiente.

§  CALDO:
- A aplicação é feito normalmente através de bicas que tem por função distribuir o mesmo de maneira
uniforme por toda a largura da esteira.

Temperatura de Embebição vantagens e desvantagens
da água quente na
embebição
  nVANTAGENS:
nMelhor diluição do caldo residual contido no bagaço;
 nAumento da Temperatura no Bagaço final, que pode levar a uma pequena diminuição da umidade até a alimentação dos caldeiras;
nMelhor extração
nEliminação de acúmulos de 60°C.
§DESVANTAGENS:
nAumento na dificuldade de alimentação dos moendas;
 nDificuldade na aplicação de soldas nas moendas, devido as condições de trabalho dos soldadores.
Embebição Simples:
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Embebição Composta:
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Peneira Rotativa:
 nSão cilindros rotativos inclinados, revestidos
 com tela e sua principal função
é de filtrar o caldo.


 
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Vantagem:
 

nRedução de pontos de infecção (facilidade de limpeza);
n  Facilidade de operação;
n  Redução no custo de manutenção.

Extração
  por Difusor
O processo de difusão para a extração do caldo
da cana-de-açúcar foi
usado por mais de 40anos.
No entanto, recentes melhoras nas técnicas
originais desse processo fizeram com que
o mesmo se tornasse o avanço atual mais aclamado
 no setor de processamento de cana-deaçúcar.
As razões são simples.
 O difusor aumentou
significativamente a eficiência de extração,
melhorou o consumo de energia e reduziu
os custos de manutenção permitindo assim uma
notável economia nos gastos de produção.
 Os difusores mais recentes, acompanhados com
uma boa preparação de cana podem alcançar índices
de extração extremamente elevados,
sem nenhum comprometimento na qualidade do
açúcar ou álcool produzido. Registros de
altos índices de extração, com médias sazonais
 acima de 98% (% de extração de POL)

O PROCESSO DE DIFUSÃO

O equipamento que se convencionou
chamar de difusor é na realidade um lixiviador de cana:
no verdadeiro processo de difusão,
que é aplicado por exemplo no processamento da beterraba,
a elevada temperatura de operação
 promove uma quebra química das
membranas das células que contém a
 solução rica em sacarose,
aumentando desta formasua permeabilidade
e permitindo que a sacarose
 passe através da membrana na direção de
uma solução com menor concentração
(transferência de massa por diferença de
concentração).
No caso da cana-de-açúcar, as células
 que contém a sacarose são completamente insensíveis à temperatura,
 de maneira que no difusor de cana a sacarose é
extraída exclusivamente por um processo
de lavagem repetitiva,
passando por diluição para a solução de menor concentração.
 Esta é basicamente a razão principal da necessidade de
um excelente preparo de cana,
para que seja possível à água entrar em contato com o maior
número de células abertas e assim
alcançar os elevados índices de extração no difusor.

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 funcionamento do difusor; a água de
embebição é alimentada na parte final do difusor,
próximo da saída do bagaço, a uma

temperatura entre 75 e 90
oC; um aquecedor por contato direto com vapor controlado
automaticamente permite manter a adequada temperatura da água.
 A embebição é a seguir

enviada a uma canaleta transversal que cobre toda a
 largura do difusor e é uniformemente

distribuída sobre o colchão de bagaço;
 a água percola através das fibras,
 passa pela chapas

perfuradas e é recolhida no captador de caldo;
para facilitar a passagem da sacarose da

solução rica para a pobre, a circulação dos caldos é
feita em contra-corrente com o bagaço,

permitindo assim a manutenção de um diferencial de
concentração entre as soluções

praticamente constante ao longo do difusor.
Desta forma, a concentração do caldo aumenta

sua concentração gradualmente até atingir
seu máximo no captador situado junto à entrada

da cana no difusor, de onde é bombeado para peneiramento
 e daí para o processo.

Analogamente, o bagaço que segue em
direção à parte final do difusor tem sua

concentração de sacarose diminuída gradualmente.
 
o difusor pode ser dotado de um sistema de separação de caldo
primário e secundário, se requerido pelo processo.
O difusor é dotado de controle de nível
em todos os captadores para garantir que sempre exista caldo para a lavagem do bagaço;
possui também controles de temperatura que acionam
válvulas de injeção direta de vapor

para garantir o perfil de temperatura adequado em seu interior;
parte do caldo é

continuamente recirculada por aquecedores
indiretos tipo casco-tubo operados

automaticamente para aquecer rapidamente a
cana fria na entrada; a água de embebição

tem controladas sua vazão e temperatura
e o pH do caldo é controlado para minimizar
a
corrosão dos materiais.


SISTEMA  DE  EXTRÇÃO  DE  SACAROSE.

 

A  Moenda  reinava  até  por  volta  dos  anos  oitenta, no entanto  por volta  dos  anos  oitenta  e  cinco  chegava  ao  Brasil  o  primeiro  Difusor  comprado  pela  Usina  Galo  Bravo (Atual  Central  Energética Ribeirão Preto), na  época com  a  eficiência  na  extração  do  caldo  que  superava  os  98% passava  a  ser  a  maior  novidade  no  setor, nos  dias  atuais    teve  Usinas  que  superou  os  99% de   eficiência  na  extração   segundo  informações.

No entanto  as  Moendas  vem  se  modernizando  nos  últimos  anos, Alem  de aumentar  a  quantidade  de ternos  de  quatro p/  seis,á  Engenheiro  que  afirma que   com  as  melhorias  feitos  no  preparo  da  cana  e  nas  próprias  moendas  á  equipamento  que    apresentou  o  mesmo  índice  de  extração a  Difusor, dependendo  do preparo da cana.

Com  relação  ao custo  o  difusor  tem  menor  custo operacional, Alem  de baixo  consumo  de  vapor  possibilitando  mais  energia  cogerada, reduzindo  também  a  quantidade  de  insumos.

Más  e´ na  manutenção  que  o Difusor   consegue  sua  maior  vantagem, pois  a  manutenção  do  mesmo  não  requer  desmontalo  e  sim  somente  lava-lo  com  solução  própria  p/  tarefa.

 Já a  Moenda  sofre  um  maior  desgaste  e  requer  uma  maior  manutenção, porem  não  precisa  de  um  investimento tão  alto  inicialmente, para  ser  montada    pode  ser  de  acordo  com  a  área  agrícola  da  usina  a  ser  montada.

O Difusor  não  tem  essa  vantagem, no  entanto  devemos  lembrar  que  tanto  o  Difusor  como  a  Moenda   devem  moer  o  Maximo  de  cana   a  que  foram  projetados.

A  moagem  extrai  o  caldo  fazendo  a  cana  passar  dentre  dois  rolos, submetidos  a  determinada  pressão, no primeiro  terno  é  extraído  78%  do  caldo  o  restante  nos  demais  ternos  com  auxilio  de  um  sistema  chamado  de  embebição, neste  processo  o  caldo  do  primeiro  terno  e  chamado  de  caldo  rico, o  dos  demais  ternos  de  caldo  pobre.

Na  Difusão  a  separação  é  feita  por  osmose, e  lixiviação:arraste sucessivo  pela  água  da  sacarose  e  das  impurezas  contidas  nas  células  abertas,  ao  contrario  da  Moenda  não  tem  como  separar  o  caldo  em  dois, alem  da  quantidade  imensa  de  água  que  pode  tornar  um  problema   se  a Evaporação  for  eficiente.

Alguns fatores  que  interfere no  desempenho  da  moenda

Preparo  da  matéria  prima.

Embebição

Fibra da matéria  prima

Pressão  Hidráulica  no  rolo  superior.

 

VEJA  NA  TABELA  ABAIXO  DIFERENÇAS  ENTRE  MOENDA  E  DIFUSOR

 

 

MOENDAS

DIFUSOR

EXTRAÇÃO

96,5%

98%

INVESTIMENTO

MAIOR

 

PRODUÇÃO E AÇUCAR

MELHOR

MENOR

MANUTENÇÃO

PIOR

PIOR

OPERAÇÃO

DISCUTIVEL

DISCUTIVEL

POTENCIA  INSTALADA

MAIOR

MENOR

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